“Assumo esta tribuna na condição de cidadã, responsável e comprometida com a sociedade. A comemoração da Semana da Pátria nos coloca diante de muitos questionamentos, momento ideal para falar de Cidadania. Na verdade, como exercemos essa cidadania? Há quem diga que podemos exercê-la conhecendo nossos direitos e deveres, participando da vida política do nosso país, respeitando as pessoas e suas distintas culturas, cuidando do meio ambiente, abandonando pre conceitos e fundamentalismo. Esse conjunto de ações nos credenciam de fato cidadãos de verdade, pessoas merecedoras de respeito, afinal 'Pátria é vida com dignidade!' As comemorações neste dia visa o despertar da consciência do povo e seu desejo de reivindicar a Pátria como patrimônio seu, e não apenas inescrupulosa e indiferente à formação da solidariedade orgânica entre os brasileiros. Símbolo de reflexão e de resgate de nossa história, 07 de setembro deve ser o momento de avaliação dos erros e acertos do passado, de análise do presente e de suas perspectivas para o futuro. Como a um filho, com todos os seus imperdoáveis defeitos e dificuldades, devemos amar a Nação que nos alimenta e ensina. Os símbolos nacionais são o retrato vivo do Brasil, de nossa terra e de nossa gente. Tempo de repensar, refletir os rumos da Nação e o papel a ser desempenhado por um povo consciente, sabedor da realidade , de olho no global, mas com o pé no local. E desta forma de olho no global com o pé no local que manifestamos o grito dos excluídos que diz não a cidadania de papel, que deforma e esmaga a sociedade brasileira, que renega a miséria, a falta de moradia, de emprego e de educação. O grito dos excluídos que diz não às drogas, à prostituição, ao alcoolismo, à violência e à alienação. O grito dos excluídos que condena o racismo, a destruição da natureza , o desrespeito à terceira idade e à corrupção. Esse grito conclama ecoando aos quatro cantos desta terra , o repudio às decisões que legitimam a impunidade, o motor da corrupção. Os poderes não podem agir , participar desse cenário como se fossem uma grande corporação e sim agir como o retrato, a fotografia do povo , empoderados pela representatividade que exercem. Somos diariamente obrigados a vivenciar situações que caracterizam Nossa Pátria como país da impunidade, onde cadeia só tem espaço para ladrão de galinha. Queremos todos! Igualdade de oportunidades , acredito na efetivação da célebre frase descrita na nossa bandeira: Ordem e progresso.”