Inaugurou na última Quinta-feira (09) em Itaqui a fábrica de sílicas naturais, Oryzasil com a presença de diversas autoridades do município, Vereadores, equipe do Executivo Municipal, Judiciário, Militares, o Senador Luís Carlos Heinze e o Secretário Estadual do Desenvolvimento Econômico e do Turismo Ruy Irigaray, representando o governador Eduardo Leite que vieram prestigiar o "corte da fita" na moderna fábrica na Sesmaria Rocha, a primeira empresa do grupo alemão Ferrostal no gênero do mundo a focar em sustentabilidade, pois elimina as águas residuais, a partir da casca de arroz, cujo estoque será fornecido pelas empresas itaquienses Camil, Josapar entre outras, ou seja, não faltará matéria prima. O parque industrial de Itaqui , um dos maiores da América do Sul, tem uma capacidade de beneficiamento de mais de 1.200 milhão de sacas de arroz e segunda maior área de produção orizícola, que gera em torno de 15 mil toneladas de casca (23%) ao ano. Com sua inauguração em 9 maio de 2019, a fábrica de sílica é a primeira do gênero no mundo a focar na sustentabilidade, eliminando completamente as águas residuais, utilizando cascas de arroz como matéria-prima, produzindo sílica e energia. Sustentabilidade e proteção ambiental são mais do que palavras, são ações que visam a resultados. Esse é o objetivo da Oryzasil, empresa fundada pelo grupo alemão Ferrostaal, que desenvolveu uma solução para o problema ambiental das cascas de arroz. 70% da produção nacional de arroz estão localizadas no Rio Grande do Sul, sendo Itaqui a segunda maior região produtora do Estado. E é exatamente aqui que a Oryzasil projeta um futuro renovável. O arroz é um dos principais componentes da nutrição no Brasil. A casca do arroz representa mais de 20% dos grãos colhidos, atualmente despejados em aterros sanitários que causam danos à natureza, gerando gás metano e dióxido de carbono, danificando o solo. Para tornar a casca útil, a Oryzasil desenvolveu produtos químicos a partir desta matéria-prima renovável, equivalentes aos provenientes de fontes esgotáveis. O projeto, através da queima das cascas de arroz, gera energia térmica e elétrica suficiente para o processo e também para abastecer o mercado livre de energia. A planta possui uma caldeira cujo sistema foi projetado para otimizar a combustão das cascas: melhor aproveitamento do calor e boa qualidade das cinzas necessárias no processo de fabricação da sílica. A Oryzasil tem uma capacidade de queima de 20 toneladas por hora e pode gerar energia equivalente ao abastecimento de uma cidade com cerca de 200 mil habitantes. A Oryzasil aprimorou o método de processamento de sílica verde de forma inovadora e pioneira em todo o mundo. A matéria-prima é a própria cinza, que é subproduto da queima das cascas de arroz. Com este processo, a Oryzasil cria um ciclo sustentável e completo, desde a entrega das cascas de arrozà utilização da cinza como fonte de sílica e dos demais subprodutos. Outras empresas do ramo, por sua vez, utilizam a areia de quartzo como fonte de sílica, elemento que é extraído do meio ambiente por meio de um processo de mineração e cuja extração prejudica o meio ambiente. Albert Ramcke, CEO da Oryzasil diz que a planta “revoluciona processos químicos conhecidos e antigos com este processo sem precedentes, tornando-os completamente sustentáveis e sem produção de águas residuais. Para o mercado, é possível contar com sílica precipitada sustentável com propriedades idênticas às atualmente disponíveis no mercado.Como um grande produtor de arroz, o Rio Grande do Sul está na vanguarda da tecnologia de ponta para a produção de produtos químicos através do uso de fontes renováveis”. Em uma primeira fase, o silicato de sódio é fabricado a partir das cinzas, que se trata de um produto intermediário para a produção de sílica. Um subproduto é o sulfato de sódio utilizado na indústria dos detergentes e do sabão,silica3 e um segundo subproduto é utilizado na agricultura como corretor de solos. O principal produto da Oryzasil é a sílica precipitada, em diferentes especificações para diversas aplicações, tais como a indústria de pneus e borracha, creme dental, tintas e mercados de nutrição e saúde.A Oryzasil não gera efluentes no processo de fabricação da sílica precipitada, encerra o ciclo com 100% de aproveitamento e é capaz de produzir mais de 2,5 mil toneladas de sílica por mês. A estratégia da empresa é baseada no mercado de pneus, os chamados pneus verdes ou pneus de alta eficiência energética, que podem economizar de 5% a 10% de combustível e, como consequência, reduzem as emissões de CO2.”A Oryzasil se define como uma empresa que associa o importante conceito de sustentabilidade à tecnologia inovadora e chega ao mercado mundial para demonstrar seus produtos de sílica derivados de fonte renovável”, afirma Marcus Vinicius Souza, diretor administrativo da planta. “Ao desenvolver e fabricar produtos que atendem a diferentes mercados, como a sílica para a indústria da borracha ou catalisadores, a Oryzasil demonstra que, em um mundo moderno de alta tecnologia, pode andar de mãos dadas com o meio ambiente”. Devido às condições da superfície, o transporte e manuseio das cascas é, também, um problema para a indústria do arroz. Com o processo de Oryzasil, as fábricas de descasque de arroz se livram de um de seus problemas, acompanhando custos reduzidos e protegendo o meio ambiente.A missão da Oryzasil é reduzir a poluição ambiental reutilizando todo o potencial subexplorado e sustentável das cascas de arroz. Fonte: Jornalista Felipe Vieira